Disponível em http://youtu.be/1Gng5fcBH20
Reportagem sobre o Colóquio Media e Deficiência que decorreu a 28 de setembro, Universidade Lusófona, em Lisboa
OFF 1
Na
atualidade, destacamos o colóquio que decorreu na Universidade Lusófona
de Lisboa, organizado pelo Gabinete para os Meios de Comunicação Social
e pelo Grupo de Reflexão sobre "Media e Deficiência". As
acessibilidades e a imagem das pessoas com deficiência nos meios de
comunicação social foram os principais temas em debate.
Sérgio Gomes da Silva
Diretor de serviços do GMCS
"Nós
aqui procuramos juntar quatro universos e trazê-los para um diálogo,
para o início de um diálogo. Por um lado as pessoas com deficiência, por
outro lado, os órgãos de comunicação social mas também a academia,
portanto, haver quem estude, quem investigue, quem a partir dessa
investigação, no fundo, encontre boas práticas e diga à comunicação
social o que é que tem de fazer para se tornar mais acessível, para
fazer uma melhor representação para que a própria comunicação social se
abra. É importante ter jornalistas, é importante ter outros técnicos que
eles próprios sejam pessoas com deficiência. Por exemplo, hoje em dia,
se olharmos para os painéis de comentadores das televisões não
encontramos ninguém que seja uma pessoa com deficiência. Seria
importante ter, não para que as pessoas com deficiência vão lá falar
sobre deficiência mas para que as pessoas com deficiência, que têm uma
perspectiva muito concreta sobre o mundo, possam expressar essa
expectativa."
OFF 2
Destruir preconceitos e passar uma
imagem fiel das pessoas com deficiência são medidas imperativas, que
dependem também dos media. Peter Looms, consultor internacional em
acessibilidade audiovisual, foi um dos oradores. É dinamarquês e tem
liderado palestras, nos quatro cantos do mundo, com o intuito de quebrar
barreiras no acesso à programação televisiva.
Peter Looms
Especialista em Acessibilidade Audiovisual
"A
Língua Gestual está presente no horário mais importante da televisão
portuguesa, mas existem mais coisas, como as legendas. As pessoas que
têm certas dificuldades em ouvir podem desfrutar dos programas com
legendas em Língua Portuguesa. E também aumentando serviços de
áudio-descrição. Portugal foi um dos primeiros países com um serviço de
áudio-descrição através da rádio."
OFF 3
Jorge Fernandes,
da UMIC, apresentou um estudo no qual analisou os media online e
avaliou os sítios em termos de acessibilidade. Concluiu que, apesar do
esforço, nenhum dos sítios analisados alcança o nível mínimo de
conformidade. No colóquio, estiveram representados vários organismos e
entidades, empenhados em combater a info-exclusão. Uma missão que deve
ser assumida por todos.
Laurinda Alves
"Temos que despertar
para este desafio de incluir todos, ou seja, nós não podemos fazer nada
para nós excluindo alguns de nós. Portanto, como disse o Peter Looms, e
bem, nada pode ser feito para todos sem o contributo de todos e temos de
passar a olhar para as pessoas com algumas limitações ou com
condicionantes, com um olhar que valoriza e não com um olhar que tolera
ou que aceita. Eu não quero ser tolerada, ninguém quer ser tolerado, nós
queremos ser aceites e valorizados na nossa especificidade."
OFF 5
O colóquio foi encerrado pelo Secretário de Estado Adjunto, Feliciano Barreiras Duarte.
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